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sábado, 18 de agosto de 2012

Criança Esperança

Pequenos crescendo na Terra.
Sublimidades
 que pretendem colher frutos,
com bons conceitos
e só querem amor,
 dedicação e explicações.
Criança Esperança,
com adultos vigilantes,
para a construção de um mundo
de efeitos sensatos,
escolhas felizes.
Crianças são apenas,
meninos e meninas,
  núcleos de anjos
miniaturizados
com a ingenuidade das estrelas,
dos astros.
Pupilos.
Já ví crianças chorando de joelhos,
num esforço intenso em se acalmar.
Órfãos famintos,
abandonados,
silenciando sorrisos,
desprezados pela sociedade,
juntando as mãozinhas para orar.
Crianças estão crescendo
 nessa Terra rústica.
Criança Esperança tenta impor-se
a selvagerias,
à falta de solidariedade,
semeia melhorias,
como já ensinava o Cristo
há muitos e muitos
 séculos atrás.
Abrir portas,
perspectivas,
definir passinhos,
direcionar,
salvar.
Criança e revolta não combinam,
é um veneno letal.
Só criança plena
 e livre de armadilhas
podem sonhar e realizar.
Tornam-se adultos dignos.
Valores são adquiridos
de acordo com as circunstâncias.
Mas as crianças são por excelência
o  Centro do Amor,
da Paz.
É a Rede Globo abrindo espaços
e alertas.
Quando a gente sorrí,
berços não imploram,
respondem.
Escolas,
 instituições,
 lares,
vamos nos esforçar,
 agir,
colaborar,
dentro das nossas possibilidade$.

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Cecília Fidelli.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Dia a dia.

Fluindo ...

A alma humana tem asas.
Durante o sono
no sagrado silêncio da noite,
introspecção,
sonhos em profusão.
Quando a consciência adormece
um turbilhão de anjos sensíveis
nos emudecem.
Como borboletas
nos libertamos dos cazulos,
e vamos de encontro à plenitude.
A grandeza do céu
é simplesmente indizível.
Sob o orvalho noturno,
leveza,
serenidade risonha,
reveladora,
muda.
Ao clarão da lua cheia,
gotejam imperturbáveis estrelas.

Cecília Fidelli.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Falsa obscuridade.


Amanhece

Os olhos verdes brilhantes
descansam tranquilamente.
Paz profunda de criança,
dormindo de manhãzinha.
Um pedaço da gente.
Um sorriso que prazeirosmente
 se beija.

Cecília Fidelli.

domingo, 12 de agosto de 2012

Audácia da Vida Real

Sorriu frenèticamente,
às raias da loucura.
Depois apanhou a chave
desceu as escadas
e sumiu.
Numa curva,
cheia de vida
experimentou a morte.
Seguiu
povoado de sonhos
primaverís.

Cecília Fidelli.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Uma vez Lia, sempre Lia.

Lia, minha amiga e vizinha:

- Mulher batalhadora,
na verdadeira
 acepção da palavra,
com nobres ideais.
Justamente o que falta
a muitos políticos
que vemos por aí.
Embora
 eu não acredite mais
 em políticos,
 governantes ...
só em politicagem,
não estou aqui
indicando seu nome,
jamais indicaria
 qualquer candidato que fosse,
até porque cada eleitor
precisa se esforçar um pouco mais
na hora de escolher e
 com critério,
votar e com responsabilidade.
Presto-lhe aqui uma homenagem,
divulgando com todo respeito
e admiração
que tenho por essa mulher.
Mãe dedicada
 de dois rapazinhos lindos,
esculpida e polida
pelo trabalho
e que só por isso
devia ser enquadrada
numa moldura de ouro.
Lia,
meus sinceros cumprimentos
pela coragem constante.
Caráter e honestidade
são as palavras chaves
em qualquer segmento de nossas vidas.
E neste sentido,
Lia
 não é nenhum um pouquinho debilitada!

Com carinho,
Cecília Fidelli.

Declaração de amor.

Lança teu olhar sobre mim.
Alivia minha dor.
Em qualquer tempo,
em qualquer lugar,
meus pensamentos são seus.
Seus fluídos são hipnotizadores.
Me entorpecem.
Me acalmam.
Ainda procuro um trampolim
para mergulhar em sua alma.
(Pra todo o sempre).

Cecília Fidelli.

Causos da vida, relembrando ou passagens.

Por Fabio da Silva Barbosa.

Já fiz muita merda para arrumar uns trocados, sustentar a família e minhas ideias. Com certeza, umas das piores lembranças são de quando permiti a aproximação de políticos partidários, tentando conseguir apoio para projetos sociais e culturais que desenvolvia de forma independente. Era muito desgastante. Tentei várias siglas, mas todas se mostraram exatamente iguais quando a corda apertava o pescoço. Chegavam mansinhos, dizendo gostar da idéia e coisa e tal... Quando iam dar a grana, o apoio a cultura e ao social ia por água abaixo e começava a contrapartida. Foi uma das oportunidades que tive de confirmar que tudo funciona exatamente como eu penso. E ficava lembrando os mais velhos dizendo quando eu era adolescente: “Um dia você vai ver que não é bem assim que o mundo funciona”. Como queria que estivessem certos. Cheguei a recusar grana de um cara tendo a luz da minha casa cortada por falta de pagamento. E isso tudo não era porque desejava ser santo. Nunca tive vocação para santidade. Foi apenas minha escolha. Fiz o que tinha de fazer. Não quis participar desse mundo podre. Até hoje não me arrependi.

Muito tempo depois de entender que não tinha temperamento para trabalhar com essas figuras, estava no supermercado e avistei o assessor de um desses caras. Entrei pelo corredor dos enlatados para não ter o desprazer do encontro. Passei no caixa, paguei as compras e saí do mercado. Pronto. Estava salvo. Ao respirar aliviado, senti a mão no meu ombro.
- E aí? Viu a vitória que tivemos nas últimas eleições? Não quis caminhar com a gente...
- Vitória? Ganhar as eleições quando se tem dinheiro para campanha não é o mais difícil. Eu quero ver agora.
- Agora está tudo bem. Tá todo mundo tranqüilo.
- Tranquilo? Como assim tranquilo? Os desabrigados das últimas chuvas continuam sem solução para seus problemas, quem produz cultura na cidade tá fudido, a especulação imobiliária continua ganhando dinheiro sem dar nada em troca pelo lugar que a enriquece, muito pelo contrário...
Ele começou a olhar com cara de quem não entendia nada do que eu estava falando.
- Se você estivesse com a gente, ia estar tranqüilo também.
- É realmente lamentável que alguém na sua idade possa achar que está tudo bem em viver pendurado no saco de político. Sabendo que esses caras estão ganhando dinheiro às custas do sofrimento alheio. Se eu fosse você, teria vergonha de vir falar que está tudo tranqüilo.
Virei a esquina e segui caminho. Ele ficou lá, olhando para os lados, sem saber para onde ir.

Quando estava produzindo o Comunidade Editoria e o Impresso das Comunidades, era recebido com desconfiança nas primeiras visitas em certas comunidades. O pessoal já estava escaldado e perguntava logo se eu havia sido enviado por algum político ou instituição. Explicava que não era nada disso e que estava fazendo algo que simplesmente gostava, da maneira que achava certo. Aí que a desconfiança aumentava. Depois de muita pergunta e de ver que eu não tirava nenhuma vantagem política ou financeira com a iniciativa, vinha a pergunta:
- Então, por que você faz isso?
Realmente era difícil explicar que estava exercendo minha profissão de jornalista da forma que eu acreditava. As pessoas estão condicionadas a só fazerem algo que lhe proporcione vantagem material e não conseguem ter a mínima percepção que podemos ter muito mais que isso.
OBS: Antes que alguém pense que eu estava nadando em dinheiro e que isso era apenas hobby, aviso que, nessa época, estava tão duro quanto hoje. Fazia esse trabalho com toda dedicação e compromisso. Descobri no trabalho alternativo/independente um sentido para a vida. Algo muito mais consistente do que a maioria adota como realidade e necessidade.

Bienal Internacional do Livro - Até 19 de Agosto

sábado, 4 de agosto de 2012

E no alto do universo... arco-íris.

Que imagem mais linda!
Mexe e remexe
com minhas lembranças.
 Recordo com saudade
 dos meus filhos,
quando bem pequeninos.
Quando choros ou sorrisos,
eram adoráveis sinfonias.
A infância devia ser infinita,
mas cada um de nós
 toma um rumo
até atingirmos a reta final.
Filhos.
Nem começo,
nem fim.
Só ...
a continuação da vida.

Cecília Fidelli.