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quarta-feira, 27 de março de 2013

Minha visão de tempo.

Datas  não  significam  nada.
Tempo  e  idade
deixam  horizontes
 vagamente  preenchidos
absolutamente  im/perfeitos
ou  deixam  vácuos  sem  fim.
  Felicidade
 não  se  mede  pelo  tamanho.
Ela  pode  caber  em  um  dedalzinho
 ou  pode  ser  ampla.
Ao  contrário  da  infelicidade
tóxica,
  nociva,
que  é  sempre  grande.
Entre  um  dia  e  outro,
entre  uma  noite  e  outra,
vamos  nos  conduzindo,
chorando  e  sorrindo.
Desanimados  ou  entusiasmados.
Teimosos  que  somos,
sem  jamais   perdermos
  o  fio  da  meada.
Na  trama  da  vida
seres  e  elementos
não  passam  de  movimentos.
Ventos
que  balançam,
 afetando
  os  alicerces
da  jornada.

Cecília Fidelli.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Conhecer.


Por: Fábio da Silva Barbosa.


Somos constantemente bombardeados com mensagens que visam nos separar. Criam distâncias para os que deveriam estar unidos. Não querem que nos aceitemos. A diversidade é o ponto em comum entre toda humanidade e o que colore o mundo. Imagina que mundo triste e sem graça com todos sendo iguais, se não existissem as peculiaridades, os pontos de vistas, as características físicas e psíquicas. Mas ao invés de valorizar o diferente e aprender com o desconhecido, o que não é tido como normal é execrado, temido, odiado. Mas quem determina o que é normal? Que tipo de parâmetro é utilizado para definir o que é certo ou errado? Cada um vai se isolando em sua verdade, permitindo apenas aos que “pensam” igual se aproximarem. Assim criam fronteiras e bolhas artificiais, onde todos “concordam” na maior parte do tempo. Daí o que poderia ser um grande grupo se torna uma meia dúzia que fica apenas falando para si, tendo sempre a impressão de que tudo está caminhando do jeito que eles pensam, já que no limitado universo que criaram todos “pensam” da mesma forma.
Vocês devem ter observado que coloquei as palavras pensar e concordar entre aspas no parágrafo anterior. Isso porque pensar é exatamente o contrário do que essas pessoas fazem. Esse tipo de comportamento intolerante e ditatorial é exatamente a antítese de pensar. Essa atitude de “Eu estou certo e quem não concorda está errado.”, “Eu consigo ver além e quem não concorda está atrasado, é menos evoluído.”, “O normal é fazer o que eu aceito como normal” é a atitude que nos priva do debate, da troca de ideias, do pensar e com isso do refletir e do mudar. Mudanças, erros e contradições são características do caminhar. Mas pregam que isso é vergonhoso. Sem falar que ninguém quer dizer que o rei está nu. Essa história da roupa do rei ilustra bem o caso. A pessoa prefere “concordar” que arriscar e ser taxada de ignorante. Daí o concordar também estar entre aspas. Esse não é um concordar autêntico, mas um concordar para fazer parte do pequeno grupo.
Outra forma de separar é o egoísmo. Determinados grupos abrem mão de lutas mais abrangentes e profundas em troca de pequenos benefícios. O egoísmo ainda é uma forma mais eficaz de divisão. Ele pode dividir o pequeno grupo até isolar o indivíduo. Este não abre mão de nada em prol do coletivo. Não que eu seja contra a individualidade humana. Não confundo individualidade com egoísmo. A individualidade nada mais é do que as características que compõem o indivíduo. Já o egoísmo é querer o máximo para si, mesmo que falte para os outros - É o não pensar no outro.
São muitas formas e métodos usados para a famosa técnica de dividir e conquistar. Temos de estar sempre atentos para não nos deixar envolver pela arrogância, vaidade e tantos outros venenos. As armadilhas estão postas a cada esquina. Somos tão especiais quanto qualquer outro. Ninguém é superior ou inferior. Diferenças não limitam ou prejudicam. O que atrapalha é não ouvir, não entender, não se aproximar. Não se renda ao preconceito, a ignorância. Se você não consegue compreender, tente de novo, abra sua mente. Quando a mente se abre, a compreensão surge e um novo conhecimento se introduz. Não precisamos aceitar tudo. Compreender não significa aceitar ou concordar. Compreender é entender, aprender, conhecer, se aproximar.

sábado, 16 de março de 2013

Dores que não cicatrizam...

O barulho do vento,
a vela acesa no castiçal,
o vozeirão desse relâmpago
e meus sentimentos
em tom confidencial.
A noite lançando a saudade pela janela,
trazendo recordações
que atingem meu interior
infinitamente solitário,
 sem você.
Quando isso acontece,
o destino
 rouba meu ânimo outra vez.
Eu preciso aprender a não permitir
que minh'alma desmorone,
 que não destroce mais meus sonhos,
que não tire mais minha paz ...

Cecília Fidelli.

Imaginàriamente...