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sábado, 28 de abril de 2012

Tabaco, tabaco, tabaco...


A ferro e fogo,
 em estado de combustão,
como uma panela
 concentrada e sob pressão.
Um, eu que sei de mim lunático
procurando loucas táticas.
Uma cigarra cantando coisas,
lidando com justificativas
 em palavras intranquilas,
extremadas.
Devorando um cigarro,
esfumaçando o ambiente,
transformando meu quarto
 em porão,
a pretexto de um prazer,
sem noção.
Me suporto,
impaciente, complicada,
diante do absurdo surdo,
como eu jamais imaginava,
enfurecida com esse cheiro,
repensando o recinto e o ato,
mas desconsiderando a fumaça.
Um cigarro, dez cigarros,
trinta cigarros morrendo em mim
e me matando assim.
Ao mesmo tempo,
conscientemente,
procuro um motivo,
um meio de curar o vício.
Tragando sem parar,
fragilizada,
roxa de raiva,
pensando em parar de fumar,
pela milésima vez.

Cecília Fidelli.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Todo cuidado com os insanos, é pouco.

A vida é pra ser dividida,
com quem nos deixa
respirar livremente.
Por quem autorizamos
que caminhe com a gente.
Por quem se predipõe
a nos acompanhar,
sem interferir
em nossos ideais e
nas coisas que acreditamos.
Por quem não desarmoniza.
Por quem une e alivia.
Por quem não tem atitudes
ou palavras ofensivas.
A vida é pra ser dividida,
com que damos
a chave da porta
da frente de nossas casas.
Não com quem convidamos
a se retirar sùtilmente
pela porta dos fundos.

Cecília Fidelli.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Descansa o corpo, acorda o espírito...

Vitor Pedroso de Camargo.
1955 - 2012.

Na última madrugada,
uma forte emoção.
Antes braços e mãos fortes...
metamorfose.
Num corpo frágil,
numa cama de hospital,
desligou-se da alma.
Ele que sempre sonhou
com um céu azul bem suave...
Vitor Camargo
era um sol radiante.
Pra mim, foi muito importante.
As pernas do poeta
cambaleantes,
já estavam pràticamente,
aposentadas.
Coração boníssimo,
chorava e sorria francamente.
E por causa do alcoolismo,
o ponto mais alto do chão,
já fazia muito tempo,
tinha deixado filhos e netos.
Testemunhei seus dramas.
Trocávamos muitas cartas.
Ele tinha sempre um livro
ou um jornal nas mãos,
um guardanapo e uma caneta
completamente bêbada
como companhias constantes,
na mesa do bar.
Dormia repentinamente mas,
acordava devagar,
afagava meus cabelos
e bocejava
já mentalizando a cachaça.
Eu entendia
(mas não compreendia),
que ele tinha urgência
em libertar-se.
Seu pseudônimo
era Peregrino.
Rescentemente,
já muito amarrotado,
velava
seus próprios murmúrios,
completamente esquecido
de qualquer ideal.
Sobrevivia pensativo,
de cabeça baixa,
escravo de um olhar vago
e profundo.
Já tinha se acostumado,
nada mais lhe interessava.
Sabia-se perdido,
acuado.
Ficou em uma cama
de hospital,
seu último berço,
em imenso silêncio.
Escolheu sua maneira
de romper a barreira,
sem aversão ao abatimento,
como se nada
tivesse deixado pra trás.

Cecilia Fidelli.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

23 de Abril - Dia Mundial do Livro

Correr os olhos em livros
é o mesmo que emudecer
para poder gritar.
É prestar um favor a nós mesmos.
Incentivar o hábito da leitura
é ampliar os passos alheios.
É renovar os pensamentos.
É ganhar conhecimento
pra termos discernimento.
Ganhar novas energias,
nos aprofundarmos,
entre outras coisas,
em idealismos.
É entender o homem
e o mundo.
Só assim somos capazes
de compreender ou afrontar.

Cecília Fidelli.

domingo, 22 de abril de 2012

O Dia das Mães se aproxima...

Hoje em dia,
colocar filhos no mundo,
para o mundo,
talvez não seja
uma atitude inteligente.
É que toda mãe
tem o dom da clarividência.
Por isso morre um pouco
todo dia em preces.
Ser mãe é ser mais
que uma mão amiga:
- Mãe nunca se engana.

Cecília Fidelli.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Todos os sonhos, têm o mesmo tamanho?

Todos os sonhos,
têm o mesmo tamanho,
não importa quais sejam.
Um mero ponto,
já que pra sonhar,
não tem hora,
nem lugar.

Cecília Fidelli.

Utopia?

Se quiser saber sobre mim,
sobre tudo
o que uma mulher pensa,
eu diria que sou poetisa
e que só sonhos
passam pela minha cabeça.

Cecília Fidelli.

E o coração sentiu.

Quando eu menos esperava,
um peregrino
surgiu de um labirinto,
do nada,
e veio dizer que me amava.
Que bom que em seu coração,
ainda existia essa vaga.

Cecília Fidelli.
- 1999 -

Poema Pálido.

Loucura vira poema,
muitas vezes pálido,
transtornado.
Aterroriza alguns
e se identifica com outros.
O poema
desmaia em suas mãos?
Dê-lhe um sopro.
Talvez o libere das convulsões.

Cecília Fidelli.
- Do livro: Improvisos.

Do livro: Poemas de Armor, sem dor.

O veludo se expande em meu corpo,
pra me agasalhar.
Os acessórios,
me fazem brilhar.
Já o tom clássico
dos nossos desejos,
ninguém pode imaginar.

Cecília Fidelli.

Reflexões noturnas.


No último minuto do dia,
a exaustão.
Como reagir,
se até o sol cansou
e o céu ficou lá fora?
Tantos esforços,
tanta luta!
Os braços,
nada abraçam.
A gente sente,
se estende,
não entende.
A vida traiçoeira
tráz o primeiro instante da noite,
a fadiga,
a tensão,
a cama,
a televisão.
Nem lhe dou atenção.
Há silêncio
no sorriso enrijecido.
Tolo suspiro.
Definitivo.
Depois da insônia vem o sono.
Depois de um dia vem o outro.
Depois do último minuto...
Só Deus sabe o que virá.

Cecília Fidelli.

A vida é assim...

Escrevo um poema

 com as tintas da poesia
no caderno e fecho.
Ele que se amargue
sincero.
Vou reeditar
a vida falsa lá fora.
Reviso,
se eu voltar.

Cecília Fidelli.

Na balança

Pesando os pesares,
com implicações profundas
e
pesando as satisfações,
é incontrolável
expressar as emoções.

Cecília Fidelli.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Mentalizar e agir: Primeiro passo.


Em nossos caminhos,
a oração
é uma força de combate.
Estamos todos
algemados ao corpo.
Há rumores de felicidades.
Estamos hospedados na terra,
sorrindo ou chorando,
reagindo
ou contando os danos,
os karmas.
Estamos sempre
nos reconstruindo,
nos refazendo.
Por isso mesmo,
vamos amenizando
as brutalidades
em vez de fugir em massa.
A Terra
ainda vai se transformar
naquele bosque
que sonhamos,
coberta só por nuvens claras.

Cecília Fidelli.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Tribulações emocionais.

Um coração abandonado,
ao acaso,
envolvido com o vento,
ao relento,
tomando emprestado,
os suspiros do momento...
Ai!

Cecília Fidelli.
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Muitas vezes
uma visão cristaliza-se
como uma cicatriz.

Edgar Franco

 

Lesões crônicas.


Todo coração,
tem sempre uma sensação de dor,
porque em todo coração,
tem sempre um amor.
É...
Essa experiência emocional
a gente sente no tórax.
Talvez se assemelhe
à dor de uma fratura exposta.
Quanto maior a intensidade,
maior o número
de enxaquecas e lágrimas.
Tão terrível quanto fascinante
essa inflamação da alma.

Cecília Fidelli.

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♥♥♥♥
♥♥♥
♥♥

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Necessários poetas.

Nas asas dos sonhos
vivem os poetas.
Nas asas dos poetas,
nossos sonhos se ampliam,
se alargam sem miséria.
Seriedades ou bobagens...
Íntegros loucos
de ilógicas lógicas
nas bagagens proféticas.
Cecília Fidelli.

Malungo Poeta.

Gosto de língua solta.
Ponto de coragem do poeta
que aborda e declama idéias.
Gosto deste poeta
de pensamentos sonoros,
vivos,
mesmo
quando enfatiza desencantos,
que deveriam estar mortos.

Cecília Fidelli.

sábado, 7 de abril de 2012

Vôos arrojados.


Entre nuvens,
uma multidão de borboletas.
Lagartas virando gravura em verso,
na literatura.

Cecília Fidelli.

Acróstico para Cecília Fidelli.

Cifras, palavras, ou cântigos
Entre tantos e perfumes
Cintilam, envolvem e cegam
Inibem as palavras
Levitam, descansam e repousam
Inventam rimas no silêncio
Adormecem e se acalmam

Flutuam e deslizam
Iludem ou não?
Deliciam-se de sorrisos
Envolvem a todos
Levam-nos aos céus
Lua aguarda por um
Instante que será eterno...

Leomar Wazlawick.

Via Face Book.

Se eu não disse antes, estou dizendo agora.

Papel e poesia.
Revelam coisas do Universo.
Revelam coisas do inferno.
Parceria sem tecnologia.
Mas, eu não desperdiço.

Cecília Fidelli.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Os homens na Terra...

Só lamento
que muitos
ainda mentalizem
nosso Irmão Maior
com uma coroa de espinhos,
pregado em uma cruz.
Um imensa corrente
de pensamentos
que ao longo dos séculos,
vão concedendo-Lhe
eterno sofrimento.
Nesse momento religioso,
especialmente,
assimilação e persistência
sob o argumento de que é
proporcional à circuntância.
É... Parece que Jesus
não tem salvação.
Mestre perdoa.
Eles não sabem
o que estão fazendo.
Irônicamente,
oram por libertação.
Por vida eterna.
Por ressurreição.
Viciosas imperfeições.
Obstáculos.
Caminhos difíceis.
Visão própria de olhos
equivocados.
Compreensível.
Os que não vêm com a alma,
barrabás,
não enxergam a razão.

Cecília Fidelli.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Cecília Fidelli e Amigos no CIAM - SP

Cecília Fidelli e Eduardo de Febo autor do livro: Poesia Hard Core.
Marcelo Kascadura, Cecília Fidelli e Dimas Farias.
Eu e Marcello Kascadura.
Que chic - Autografando para o Marcello Kascadura: Um doce.
Com Dimas (Simpatia) Farias
Isso é que é um amigo solidário!

CIAM - Centro de Incentivo à Arte e à Música.
01 Abril 2012

Domingo (maravilha) Cultural.


CIAM - Centro de Incentivo à Arte e à Música.

Poesia Hard Core - Autor: Eduardo de Febo.

CIAM - Centro de Incentivo à Arte e à Música.
Rua Xiririca, 237 - Vila Carrão - SP
Telefone: (11) 2225.0875