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sábado, 19 de fevereiro de 2011

É a vida.

Ela entristeceu depois de longa solidão.
Cabisbaixa, quase sem vida,
perdeu o perfume, a cor.
Foi condenada a ser posta pra fora,
jogada talvez na calçada.
Sofreu o golpe do tempo,
que arrancou-lhe as pretensões.
Semi morta, sem encantos,
valoriza apenas o calor do sol no inverno.
Silencia à brisa tempestuosa,
que tem pedras nas mãos, não compaixão.
Inclinou-se, debruçada na janela,
para reverenciar a morte.
Desabrochou, encantou, mas,
aquela beleza deslumbrante ...
ficou nas mãos do tempo.
Era uma vez, uma flor.

Cecília Fidelli.

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