Total de visualizações de página

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Cabelos Brancos.

Cabelos brancos.

Meninas crescem,
viram mulheres.
Amadurecem.
Envelhecem.
Meninos crescem.
Viram homens.
Amadurecem.
Também envelhecem.
Aos velhos é destinada
a consistência, a paciência.
Aos jovens,
a insistência, a perseverança.
Um belo dia somos capazes
de rever toda uma vida,
em um dia.
À cada episódio
uma interrogação,
uma resposta.
Negativa ou positiva,
projetos nunca morrem.
Alguns tornam-se fatos,
outros tornam-se fatos,
eternamente imaginários.
Mas, a engenhosidade
do pensamento
é uma fortaleza.
Mexem com sonhos.
Remexem ilusões.
em qualquer idade.
A qualquer tempo.
Imaginações, emoções,
existem sempre,
eternamente.
Sensibilizam.
A cartada final
é só o que já se tornou impossível.
Já a esperança,
aquela que nunca morre,
dispensa apresentações.
Saltos e Alvos.
Viver, sempre compensa.

Cecília Fidelli.

Um comentário:

  1. O neto:

    Vovó, por que não tem dentes?

    Por que anda rezando só.

    E treme, como os doentes

    Quando têm febre, vovó?

    Por que é branco o seu cabelo?

    Por que se apóia a um bordão?

    Vovó, porque, como o gelo,

    É tão fria a sua mão?

    Por que é tão triste o seu rosto?

    Tão trêmula a sua voz?

    Vovó, qual é seu desgosto?

    Por que não ri como nós?



    A Avó:

    Meu neto, que és meu encanto,

    Tu acabas de nascer...

    E eu, tenho vivido tanto

    Que estou farta de viver!

    Os anos, que vão passando,

    Vão nos matando sem dó:

    Só tu consegues, falando,

    Dar-me alegria, tu só!

    O teu sorriso, criança,

    Cai sobre os martírios meus,

    Como um clarão de esperança,

    Como uma benção de Deus!



    Olavo Bilac

    ResponderExcluir