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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Nossa Casa

Algumas expressões inspiradas
podem dar esperanças
ou desesperanças.
Desesperos ou consolações.
Somos todos
companheiros de lutas.
Regressamos à elas
todas as manhãs.
Escritos levianos
ou sinceros,
geralmente
advertem as consciências.
Somos poetas.
Seres que vagam
em caminhos encantados,
oferecendo raciocínios
que por vezes
não prejudicam,
nem beneficiam.
Não fortalecem,
nem enfraquecem.
Poetas sonham,
não pensam.
Somos personagens
de realismos e tragédias.
Nos entregamos como você
que se entrega à luz do dia,
que se entrega à treva da noite.
Transitamos todos no planeta.
Um Templo Sagrado,
de criaturas inquietas.

Cecília Fidelli.

Um comentário:

  1. Que planetinha...
    Aqui a gente vê,
    ouve e sente.
    Sorrí
    e por vezes,
    incha os olhos
    de tanto chorar.
    As pernas são pequenas
    pra percorrê-lo.
    Parece tão imenso.
    Risos amarelos.
    Prantos secos...
    Aqui,
    a gente fala de desgraças,
    e de baladas.
    Balbucia
    coisas de momento.
    Alguns rezam de joelhos.
    A gente pede,
    dá e mente.
    De norte a sul.
    De leste a oeste,
    atenção à TV,
    atenção ao telefone,
    atenção à campainha.
    As pálpebras desse mundo
    pesam.
    Até os parasitas
    têm urgências.
    Temos náuseas dramáticas.
    Temos mais que um nome,
    um número.
    Registros Gerais grotescos.
    Agilidades
    expõe tanta estupidez.
    Humanos.
    Tanta falsidade,
    tantos fardos.
    Creio que até os anjos
    estão fartos,
    com as mãos trêmulas.
    Gostaria de saber,
    o que é que realmente
    vale a pena.
    Primeiro perdemos o fôlego,
    depois recomeçamos.
    Procuramos o sono
    e nele embutimos os sonhos
    e os pesadêlos.
    A vida é traiçoeira.
    Manda flores,
    com perfume de esterco.

    Cecília Fidelli.

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