Tenho amigos em Santa Maria - RS. Agora aguenta a TV e seus alardes. Quanto maior a tragédia, maior o bafafá... Noticiar com imparcialidade Não tem sido uma constante há muito tempo. Mais de 1000 pessoas em uma boate - Provàvelmente a maioria jovens, porque trata-se de uma - Cidade Universitária - - 245 mortos e feridos: Aglomerações. Irônicamente a " festa " era identificada como - Aglomerado. Aglomerações, infelizmente não acontecem mais por causas nobres. O que importa na visão humana atual é viver e "ser feliz"... Indício claro que chegamos a um patamar desolador na Sociedade Brasileira (E porque não dizer, mundial?). Aparências. Diversões. Rótulos é o que a maioria prioriza na atualidade. Nestas ocasiões, o "BOM SENSO" (?), certamente vai dizer que não tem sorte na vida... Triste, lamentável. A fuga desorganizada nestes momentos de desespero ampliam o caos. Na procura de portas de saídas, encontram becos sem saídas... A suspeita é que um sinalizador foi o que causou o incêndio. Se foi... um sinalizador não é exatamente pra ser usado em ambimente fechados, que eu saiba. E Karmas coletivos são pràticamente, inevitáveis. Cabe compreendermos. Só por DEUS! Agora, a investigação pra identificarem os responsávei$$$$$$$. E o mais doloroso e chocante deve ser a identificação dos vitimados. A mídia agora vai correr atrás dos RELATOS EMOCIONANTES: - Já devem estar mobilizados para a iniciação das cerimônias. O que não é nada, absolutamente nada Fantástico, certamente vai merecer reportagens e matérias especiais... Missas, cultos, orações, vibrações em favor dos desencarnados... E os jovens vão continuar a serem estimulados a curtirem e agirem de maneira inversa à moralidade, à religiosidade, etc... etc... | | | |
Imagem: https://www.facebook.com/CoisasQueGauchoFala
ResponderExcluirA MAIOR TRAGÉDIA DE NOSSAS VIDAS
ResponderExcluirFabrício Carpinejar
Morri em Santa Maria hoje. Quem não morreu? Morri na Rua dos Andradas, 1925. Numa ladeira encrespada de fumaça.
A fumaça nunca foi tão negra no Rio Grande do Sul. Nunca uma nuvem foi tão nefasta.
Nem as tempestades mais mórbidas e elétricas desejam sua companhia. Seguirá sozinha, avulsa, página arrancada de um mapa.
A fumaça corrompeu o céu para sempre. O azul é cinza, anoitecemos em 27 de janeiro de 2013.
As chamas se acalmaram às 5h30, mas a morte nunca mais será controlada.
Morri porque tenho uma filha adolescente que demora a voltar para casa.
Morri porque já entrei em uma boate pensando como sairia dali em caso de incêndio.
Morri porque prefiro ficar perto do palco para ouvir melhor a banda.
Morri porque já confundi a porta de banheiro com a de emergência.
Morri porque jamais o fogo pede desculpas quando passa.
Morri porque já fui de algum jeito todos que morreram.
Morri sufocado de excesso de morte; como acordar de novo?
O prédio não aterrissou da manhã, como um avião desgovernado na pista.
A saída era uma só e o medo vinha de todos os lados.
Os adolescentes não vão acordar na hora do almoço. Não vão se lembrar de nada. Ou entender como se distanciaram de repente do futuro.
Mais de duzentos e cinquenta jovens sem o último beijo da mãe, do pai, dos irmãos.
Os telefones ainda tocam no peito das vítimas estendidas no Ginásio Municipal.
As famílias ainda procuram suas crianças. As crianças universitárias estão eternamente no silencioso.
Ninguém tem coragem de atender e avisar o que aconteceu.
As palavras perderam o sentido.
O comentário acima foi extraído deste link:
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Festa bonita, festa bacana não é? Olha só quanta gente, a iluminação ta demais e a banda está realmente um show. Não sou da área vip, afinal nem gosto disso, prefiro ficar aqui na frente, junto com o povão, perto do palco, sempre foi o melhor lugar pra mim. Mas de repente, em questão de segundos, começaram a gritar e eu sem entender nada comecei a gritar também, no começo pensei ser apenas um alvoroço de um grupo de amigos ou até mesmo uma briga, mas quando olhei pra cima, vi que tinha fogo, e não parecia fazer parte da apresentação pirotécnica. Quando me dei conta, estava ali sozinha, minhas amigas já não estavam do meu lado, e então toda aquela alegria de antes se transformava em euforia e medo. Naquele momento, toda minha vaidade se perdeu, sem se importar com nada, tirei o salto, perdi minha bolsa, e sai como uma louca em direção à porta que entrei. Mas acontece que era praticamente impossível passar por la, tinha tanta gente, e cada vez mais a fumaça tomava conta do local, tudo tava tão nebulado que resolvi tentar outra saída. Nesse momento já era possível ver pessoas caídas, deviam estar desmaiadas somente, devido a fumaça, era a minha mais ingênua esperança. Corri para um corredor junto com outras pessoas que pensavam o mesmo que eu, tinha que ter uma saída ali, era minha ultima chance, não havia mais o que se fazer. Ainda sem saber aonde estava, escutava gritos ensurdecedores que cada vez chegavam mais perto, mas as chamas não estavam ali, pensei estar segura. Mas aquela sala que antes tinha somente algumas pessoas ficou lotada e a fumaça começou a entrar. Queria sair dali mas não dava, fiz o que sempre fazia quando estava com medo, não ria de mim, mas eu liguei pra minha mãe. Não escutava nada do que ela dizia, mas eu tentava aos berros dizer pra ela vim me ajudar, que me tirasse dali, como se ela fosse uma super-heroína que viesse voando me salvar. Já estava praticamente impossível de enxergar algo e a respiração ficava abafada. Lembro de ter dito EU TE AMO para minha mãe antes de desligar o telefone, se é que cheguei a desliga-lo. Como num passe de mágica, tudo começou a se acalmar, os gritos ficaram mais baixos e inaldíveis, meu corpo já não sentia dor nem medo, fiquei paralisada e apenas fechei os olhos, como se fosse dormir. Acho que nesse momento eu morri, não sei descrever a morte, mas em meio à tanto tormento, ela foi uma calmaria, sei que nem sempre é assim, mas comigo foi. Em um dia aparentemente normal, aonde só queria me divertir, com todos os planos pela frente e com o futuro ao meu alcance, tudo pode acontecer.
ResponderExcluirEscrito por Wander Ribeiro. SEF
Extraído de:
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/PorTrasdamidiamundial?ref=stream
Pais procuram seus filhos...
ResponderExcluirFilhos, procurem seus pais
pra encontrarem valores
que edifiquem.
Fica a sugestão.
Marina Pitorri Loduca:
ResponderExcluirEsse,
como tantos outros acidentes de gravissimas proporções
logo vai cair no esquecimento.
Só famílias e amigos continuarão sofrendo.
Vão apurar culpados? qto tempo vai demorar?
Depois disso qual será a pena?
Não sei se para as famílias
qq tipo de punição vai diminuir
ou remover a dor da perda.
Essas investigações são necessárias sim,
mas se as normas de segurança
e fiscalização fossem seguidas rigorosamente,
provalvelmente, não teríamos q estar presenciando
essas cenas tão dolorosas.
- Via Face Book
Sonia Novaes:
ResponderExcluirSem palavras...Só resta à sociedade cobrar da Justiça a responsabilidade dos culpados. Donos de boates ávidos por dinheiro, que mandaram fechar as portas de emergencia para que ninguem saísse sem pagar... Mas nunca se lembraram de atualizar seu alvará, conter o numero de pessoas que cabiam no estabelecimento... ganancia... Não é o fim dos tempos?
- Via Face Book