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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Única página do meu Diário.

Quando engravidei a primeira vez
de um menino,
eu queria um menino.
Quando engravidei a segunda vez
de outro menino,
eu queria outro menino.
E tive, os dois meninos
que pedí a Deus.
Não vieram embrulhados pra presente.
Mas são os melhores presentes
que já recebí em toda minha vida.
Nos partos dos baby's,
talvez por terem sido cesárias,
não sei, a vista escurecia.
Imagine que Castelo Branco
disse uma vez que
" O amor é uma luz
que não deixa escurecer a vida".
Mas não, heim?!
Em momentos verdadeiramente
incríveis, deixa sim.
Ufa! E como.
Se posso chamar de sufoco,
fiquem tranquilos.
Duraram apenas alguns minutos.
O coração não batia batucava.
Não via a hora de dar banhinho
e trocar fraldinhas.
Com a diferença
de idade de dez anos que eles tem,
diria que tenho dois filhos únicos.
Pude curtir um a um
e integralmente suas meninices.
Hoje são dois adultos,
conversam de igual pra igual,
sempre posso contar com eles
e eles sempre podem contar comigo.
O grande lamento,
é que não brincam mais de carrinhos.
Têm suas próprias vidas
com uma bela lista de amigos.
Dois homens,
que nunca falaram grosso comigo.
Espero que tenham enterrado
e esquecido uma ou outra
chinelada no traseiro.
Que tenham aprendido
que na vida tudo passa.
As brincadeiras na rua,
uma ou outra birra na calçada
e as quedas de bicicleta.
Que abandonar berço e chupeta
é ganhar preocupações
e procurar soluções.
Que tudo na vida tem dois lados
e que devemos optar sempre,
pelo lado positivo.
Quase não ditei regras
porque sempre tiveram boa índole.
Brinquedos jogados pela sala,
febrinhas, vacinas,
choros noturnos.
Mas à cada noite que eu levantava,
as emoções eram dobradas
quando olhava para aquelas carinhas,
aquelas risadinhas, os beijinhos,
e minh'alma adormecia.
E as mãozinhas?
E os pèzinhos?
Amor de filho
é um sentimento tão forte,
e tão indescritível!
Parece que foi ontem
que a maternidade me disse:
- Responsabilidade.
Mas você vai adorar.
Ela só conseguiu me encorajar.
Nunca havia pensado
em escrever sobre isso.
Afinal existem milhões
de mães pelo mundo
que direcionam seus filhos
amparando cada um
dos seus passinhos.
Nunca ensinei
que o mais importante na vida
é vencer, mas viver.
E eles aprenderam que as derrotas
apenas indicam novas rotas.
Nunca forcei
a comerem legumes ou verduras.
Mas esse erro eles mesmos corrigiram.
Quando tenho oportunidade
de reunir minha "grande" família,
lembro de algumas brincadeiras
e daquelas babaquices infantís.
Nesse caso, falo de mim.
Acho que todo mundo já conhece
aquela frase que anda circulando por ai:
"Se quiserem falar de mim,
falem comigo".
Sei coisas terríveis a meu respeito"
E não precisa ser Natal.
Só o fato de estarmos juntos
  qualquer data é muito especial.
É isso.
Meus pequenos lançaram-se ao mundo.
Mas em meu mundo particular,
eles sim,
são os melhores do mundo.
Marquei dois belíssimos gols
no jogo da vida!

Cecília Fidelli.

4 comentários:

  1. CI, que lindo Poema, pessoal, verdadeiro, emoção de mãe mulher ... Lendo o seu diário lembrei da minha trajetória "gestativa"..Ufff! mas, enfim estamos com os filhos que Deus nos presenteou..e, isso é dádiva bem Maior , que nem todos se "regalam" alguns por egoismo, outros pelo motivo estéril... ( abro aquí um parêntese p/ lhes desejar um Natal Espiritual de mta paz e luz,Deus abençõe sua linda família! bjo, Stella

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  2. Que lindo, amiga.
    Eu não sou mãe,
    mas me emocionei.

    Ana Levina.
    - Via Orkut -

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  3. Ci, li e não contive minhas lágrimas.
    Ah como doi para uma Mãe
    ver seu bebê doente.
    Tudo uma Mãe é capaz de suportar,
    mas ver um filho doente,
    dói demais.
    Fique com Deus.

    Bethe Dias.
    - Via Orkut -

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  4. Oi Cecília.
    Como a Ana falou,não sou mãe,optei por não ser.
    Mas acho divino esse amor de mãe e respeito muito.Lindo seu poema, emocionante.
    Amo tudo que vc escreve pois tenho certeza que escreve com a alma.
    Bjinhos pra vc e seus filhos maravilhosos.

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